Doença de Alzheimer afeta mais mulheres do que homens
A Doença de Alzheimer mobiliza esforços de gestores e pesquisadores de países europeus. Uma publicação do Lancet traz um panorama atual da doença que afeta mais mulheres que homens
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Dia 21 de setembro é o dia mundial da conscientização da doença de Alzheimer. Uma campanha de entidade científica nacional alerta para a importância da data (e da doença) usando como mote a frase: "Alzheimer: quanto antes souber, mais tempo você terá para lembrar". Estima-se que existam no mundo cerca de 35,6 milhões de pessoas com a Doença de Alzheimer. No Brasil, há cerca de 1,2 milhão de casos, a maior parte deles ainda sem diagnóstico. Uma publicação do Lancet Neurology aborda aspectos epidemiológicos e clínicos da doença. A doença se apresenta como demência, ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais. Muitas doenças podem causar um quadro de demência (como por exemplo a demência da doença de Parkinson). Entre as várias causas conhecidas de demência, a Doença de Alzheimer é a mais freqüente.
Os sintomas mais comuns incluem perda de memória recente, esquecimento de eventos, datas, nomes e de lugares, dificuldade para perceber uma situação de risco, para tomar decisões e para planejar atividades mais complexas. Mudanças no comportamento e na personalidade podem ocorrer. A doença é caracterizada pela piora progressiva dos sintomas, ainda que pacientes apresentem períodos de maior estabilidade. A etiologia é incerta, mas existem fatores associados: é mais comum após 65 anos, mais freqüente em mulheres (talvez pelo fato delas viveram mais que os homens) e segundo muitos estudos está relacionada ao estilo de vida. O fato é que a atividade intelectual e maior escolaridade são fatores de proteção contra o surgimento e evolução da doença. Estímulos cognitivos ao lado de sociais e físicos são opções não medicamentosas de tratamento.
Apesar da inexistência de cura, medicamentos (anticolinérgicos) melhoram a qualidade de vida e sobrevida da doença. Os futuros avanços na compreensão das causas do Alzheimer serão fundamentais para o tratamento. Até lá os estudos indicam que o diagnóstico precoce da doença assim que surgem os sintomas iniciais, que não devem ser confundidos com sinais do envelhecimento normal, é a melhor maneira de ajudar estes pacientes. A frase "Alzheimer: quanto antes souber, mais tempo você terá para lembrar" faz todo o sentido.
(Winblad et al. Defeating Alzheimer's disease and other dementias: a priority for European science and society; Lancet Neurol 2016; 15: 455–532)
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