Dá para confiar nas camisinhas disponíveis no Rio de Janeiro ?
Camisinhas são disponibilizadas em unidades de saúde e ganham destaque da mídia no Carnaval. Um estudo brasileiro avalia a qualidade do preservativo masculino
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A qualidade dos preservativos disponíveis no Brasil tem sido debatida desde 1987, quando os preservativos foram incluídos na categoria de produtos farmacêuticos. Os preservativos permanecem Jurisdição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) sob tutela do Ministério da Saúde. Preservativos masculinos têm função dupla, protegendo contra a gravidez e doenças sexualmente transmissíveis (DST). A incidência de DST tem aumentado no Brasil graças ao baixo nível socioeconômico, condições culturais precárias e falta de educação sexual adequada, particularmente entre os jovens. A qualidade dos preservativos de látex pode variar de acordo com o lote, diferenças na tecnologia de fabricação e lote de fabricação, resultando em variação de qualidade considerável. Do ponto de vista da contracepção, o preservativo falharia na ordem de 15 gravidezes em 100 mulheres que usam cada ano.
Um estudo liderado por pesquisadores da FIOCRUZ procurou avaliar a qualidade dos preservativos masculinos no Rio De Janeiro. De 2009 a 2011, foram avaliadas 20 marcas de preservativos masculinos por lote de 8 manufaturas – tanto domésticas quanto importadas – comercializadas no Rio de Janeiro. Os preservativos foram avaliados quanto ao comprimento, largura, espessura, furos, integridade da embalagem primária, volume de ruptura, pressão de ruptura, etiquetagem e embalagem. A ausência de furos é considerada o teste mais importante foi realizada por meio de método elétrico e visual. As 4000 unidades avaliadas eram marcas nacionais (13) e estrangeiras (7). Os resultados são impressionantes e preocupantes: das 20 marcas avaliadas, 17 foram consideradas não-conformes, em pelo menos uma das análises realizadas. Em 3 das marcas havia número excessivo de furos. Em 13 a capacidade volumétrica e pressão de ruptura eram inadequadas, o que poderia resultar em ruptura ou escape do condom.
As implicações do estudo são evidentes: os controles de qualidade devem ser ainda maiores sobre os fabricantes de camisinha. Com estes resultados muitos podem se sentir inseguros ao fazerem sexo seguro.
(Duarte et al. Quality evaluation of commercially available male condom in Rio de Janeiro, Brazil, 2009–2011. Reproductive Health(2016) 13:145)
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