Em maio, dia mundial de combate ao câncer de ovário
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O tema não ocupa muito o noticiário mas trata-se de um sério problema para a saúde da mulher. Nada melhor do que ter um dia para a conscientização da população. O dia 8 de maio é o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Ovário, que é considerado o tipo mais agressivo dos tumores femininos. Mais de 6 mil casos são estimados para os anos de 2018 e 2019, segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer). Dados nacionais estimam um risco de 6 casos novos para cada 100 mil mulheres por ano. As estimativas americanas são ainda piores: 11.4 casos novos por 100 mil mulheres por ano, levando em conta ajuste para a idade. Nos EUA é a quinta causa de morte por câncer em mulheres, mas é a principal causa de morte por câncer ginecológico. Mais de 95% dos casos ocorrem após os 45 anos de idade, e é mais importante na sexta década de vida. Uma das dificuldades no diagnóstico precoce e consequentemente no tratamento/prognóstico é a ausência de sintomas típicos nas fases iniciais. Muitas vezes está assintomática. Apenas nas fases tardias surgem queixas como dor e aumento do volume abdominal, perda de peso, fadiga, mudança no funcionamento do intestino e dor durante a relação sexual. A questão que pode estar passando na cabeça das mulheres é o que fazer parar diagnosticar a doença precocemente, antes do aparecimento dos sintomas. A resposta não é nada animadora.
Uma publicação recente da USTask Force revisou uma recomendação de 2012 na qual contraindicavam o rastreamento, ou seja, o diagnóstico em mulheres assintomáticas. E a conclusão foi a mesma: o rastreamento por meio do uso do ultrassom ou do marcador CA 125, uma proteína, não reduzem a mortalidade associada à doença. Mesmo o exame pélvico, o toque ginecológico, não funciona bem. Pior ainda, há risco de resultados falsos positivos, na casa de 12%, ou seja, o resultado sugere risco da doença quando ela , de fato, não existe. Os procedimentos cirúrgicos decorrentes do resultado falso positivo podem ter grande impacto emocional. A Força Tarefa americana destaca que estas recomendações valem para mulheres de baixo risco, assintomáticas. E não se aplicam a mulheres com história de câncer de mama, história familiar importante de câncer e mutações genéticas nos genes BRCA1 e 2.
Se a recomendação da entidade americana pode soar desapontadora, há luz no fundo do túnel. Há avanços no tratamento quimioterápico, coma maior sobrevida das mulheres diagnosticadas. A ideia é retirar do câncer de ovário o estigma de sentença de morte. Para isso a informação e a conscientização do problema são poderosas ferramentas. No dia 8 de maio e em todos os dias do ano.
(US Preventive Services Task Force, Grossman et al. Screening for Ovarian Cancer: US Preventive Services Task Force Recommendation Statement. . JAMA. 2018 Feb 13;319(6):588-594. doi: 10.1001/jama.2017.21926.)
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