Atividade física pode reduzir câncer de mama em até 12%
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Benefícios da atividade física são bem documentados, o que não impede boa parte da população brasileira de continuar sedentária. Principalmente no caso das mulheres. Dados nacionais estimam que entre 51% das mulheres e 43% dos homens não se exercitam. Um estudo publicado no periódico Cancer Epidemiology pode ajudar as pessoas a modificarem seus comportamentos. A pesquisa feita por pesquisadores do Depto de Medicina Preventiva da FMUSP, Harvard, Cambridge e Queensland avaliou o impacto da atividade física sobre o surgimento de diferentes tipos de câncer. Os autores utilizaram dados da prática de atividade física e da incidência de câncer no Brasil e fizeram diferentes estimativas de prevenção de câncer considerando padrões de atividade física. No cenário ideal com atividade física intensa cerca de 12% dos cânceres de mama após a menopausa e 19% dos cânceres de cólon em 2012 poderiam ser potencialmente evitados. Quando a atividade física foi menor como caso da recomendada pela OMS o benefício foi claramente menor. Uma redução de 1,3% dos cânceres de mama e 6% de câncer de cólon teria ocorrido com como 150 min / semana de atividades com intensidade moderada ou 75 min / semana de atividades vigorosas.
Vale lembrar que o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, respondendo por cerca de 28% dos casos novos a cada ano. Em 2018, há uma estimativa de aproximadamente 60 mil novos casos. Já no câncer colorretal, a estimativa é de 36 mil novos casos. A explicação está no fato de que a atividade física influencia no controle de peso e no nível de gordura, além de atuar diretamente sobre hormônios e marcadores inflamatórios. Um dado interessante é que esta associação entre atividade física e redução da incidência do câncer pode ser também verdadeira para outros 13 tipos de tumores malignos entre eles da bexiga, endometrial, gastro-esofágica, ovário, próstata entre outros.
O estilo de vida contemporâneo não contribui muito para o exercício e atividade física, já que falta tempo, dificuldade de mobilidade, indisponibilidade de locais públicos entre outros fatores favorecem o sedentarismo. Mas isso não deve justificar a inatividade. Até porque as pessoas podem até ter preguiça de se exercitar, mas querem viver longamente.
(Rezende et al. Preventable fractions of colon and breast cancers by increasing physical activity in Brazil: perspectives from plausible counterfactual scenarios. Cancer Epidemiology 56 (2018) 38–45
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