Mutilação genital feminina ainda assombra jovens vulneráveis
Globalmente, três milhões de jovens correm risco de mutilação genital feminina e estima-se que 200 milhões de raparigas e mulheres no mundo tenham sido submetidas a mutilação genital feminina. Nos 28 países da África e do Oriente Médio para os quais existem dados disponíveis, A prevalência nacional entre mulheres com 15 anos ou mais de idade varia de 0,6% (Uganda, 2006) para 97,9% (Somália, 2006). A prática inclui remoção total ou parcial do clítoris mas pode ser também estreitamento da vagina As consequências variam dos riscos imediatos de infecção, hemorragia, e morte até riscos tardios como, necessidade de cirurgia reparadora, problemas urinários e menstruais, relações sexuais dolorosas e má qualidade de vida sexual. Também são frequentes a infertilidade, diversos tipos de infecções (por exemplo, abcessos e úlceras genitais, infecções pélvicas crônicas, infecções do trato urinário) além obviamente das muitas consequências psicológicas, como medo da relação sexual, transtorno de estresse pós-traumático, ansiedade, depressão. O impacto é tamanho que muitas mulheres jamais retomam a vida normalmente. O procedimento é realizado por motivos culturais para atender normas vigentes de comportamento, principalmente no âmbito sexual. No fundo, a prática objetiva controlar e diminuir a mulher na sua relação com o homem e com a própria sociedade. A mutilação genital feminina atinge mais mulheres jovens de 15 a 24, pobres, pouca escolaridade, muçulmanas, casadas e sem acesso à mídia. A Organização Mundial de Saúde ressalta a importância de trabalhar com as comunidades, não apenas no curto prazo, mas também a longo prazo, realizando investimentos nos direitos humanos, conforme entendido no contexto local. Só assim eles imaginam ser possível obter mudança coletiva que leve ao fima desta prática tão primitiva e desumana.
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