Terapias psicossociais funcionam para os sintomas da tensão pré-menstrual?
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As mulheres conhecem bem o problema: mal estar, inchaço, dor de cabeça, baixo astral e humor que afasta todos em volta. E tudo isso some após as menstruações mas deixando uma preocupação para o próximo final de ciclo. A síndrome pré-menstrual (SPM) atrapalha a vida de até metade das mulheres. Claro que nem todas com a mesma intensidade. Para muitas os sintomas são leves e contornáveis. Para outras, felizmente, um grupo bem menor, a SPM chega a limitar as atividades diárias da mulher, afetando bastante a qualidade de vida. Segundo o Colégio Americano de Obstetras e ginecologistas, mulheres com sintomas mais brandos devem priorizar os tratamentos não-farmacológicos, tais como apoio psicológico e psicoterapia, enquanto as mulheres com quadros mais graves devem recorrer aos medicamentos. Faz sentido já que não se sabe ao certo a etiologia da SPM, mas há evidências crescentes de que fatores de risco psicossociais estão associados aos aparecimento dos sintomas. Dentre eles destacam-se o estresse, a compreensão da família e dificuldade de se expressar . Mas será mesmo que as intervenções psicossociais são mesmo efetivas para mulheres com TPM?.
Uma meta-análise recente tem uma ótima notícia para estas mulheres. Pesquisadores da Yonsei University, em Seoul, procuraram avaliar a eficácia da intervenção psicossocial para SPM analisando dados de 11 estudos que juntos totalizaram 324 mulheres. A boa notícia é que o efeito conjunto das intervenções foi significativamente favorável na redução dos sintomas da TPM. Em particular, as intervenções que promoviam melhor enfrentamento da mulher diante do problema foram bem eficazes do que os programas educativos e suporte social. Um aspecto distintivo desta modalidade de intervenção é a participação ativa da mulher, o que por si só já pode ser algo útil na superação do problema. Terapia cognitiva também foi eficaz
Uma limitação da meta-análise é o agrupamento de modalidade diversas de tratamento psicossocial, sendo que o número e a duração de sessões variaram enormemente, respectivamente de 1 a 12 sessões e de 10 a 180 minutos. O período de intervenção foi ainda mais variado: de 1 dia a 6 meses. Trata-se de uma dificuldade comum quando se busca avaliar eficácia de intervenções psicológicas. Neste sentido alguma subjetividade da intervenção e da própria relação paciente e profissional de saúde pode ser difícil de controlar num ensaio clínico. Mas para as mulheres que sofrem de SPM, muitas vezes na companhia de parceiros e familiares, a possibilidade de se tratar sem remédio é uma alternativa no mínimo atraente. E que pelo jeito funciona.
(Jeehee Han, Yerin Cha & Sue Kim (2018): Effect of psychosocial interventions on the severity of premenstrual syndrome: a meta-analysis, Journal of Psychosomatic Obstetrics & Gynecology, DOI: 10.1080/0167482X.2018.1480606)
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