Exercícios de alta intensidade na menopausa são benéficos ?
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A expectativa das mulheres vem progressivamente aumentando ao longo dos anos. Ótima notícia para mulheres, o que não significa que isso não tenha um grande impacto no sistema de saúde. Estudos mostram que 80% das mulheres com mais de 70 anos tem pelo menos 2 doenças. 27% dentre elas tem 5 ou mais. Diminuir este custo é objetivo de várias políticas públicas de saúde. E para isso é preciso encontrar estratégias eficazes para prevenir as doenças e que sejam iniciadas precocemente na vida. Será que os exercícios se encaixam nesta recomendação?. Pois bem, este foi o objetivo de estudo alemão que procurou avaliar o efeito de longo prazo do exercício sobre diferentes parâmetros de saúde. Elas foram seguidas por um período de 16 anos.
Vamos aos detalhes da pesquisa. Em 1998, 137 mulheres pós-menopáusicas, (média de idade 55 anos) que apresentavam declínio da massa óssea sem osteoporose foram incluídas no estudo e sorteadas para dois grupos: grupo de exercícios (GE) ou grupo de atividades habituais (GC). Neste grupo a mulher era apenas acompanhada na sua rotina diária de atividade física. No primeiro grupo, os exercícios de alta intensidade eram feitos em grupo, por 60 minutos e, individualmente, em casa, por 20 a 25 minutos, ambos 2 vezes por semana, 49 a 50 semanas por ano. Ao longo dos anos foram registradas as fraturas, o risco de doença coronariana/ infarto do miocárdio e dor lombar. Em 2014, 59 mulheres do GE e 46 mulheres do GC foram incluídas na análise de seguimento de 16 anos. O risco de doença cardiovascular com base no escore de Framingham, instrumento amplamente utilizado neste tipo de pesquisa, aumentou significativamente em ambos os grupos. Isso era de se esperar em função do envelhecimento das mulheres. No entanto, as alterações foram menos evidentes GE. A lombalgia piorou no grupo controle, enquanto no GE observou-se redução de 53% nas incidências de fraturas clínicas.
A novidade da pesquisa é o uso de exercício de alta intensidade, quando já se conhece a eficácia dos exercícios moderados. Mas independente deste aspecto, o resumo da história é que os programas de exercícios demonstraram efeitos benéficos sobre vários fatores de risco e doenças da menopausa/envelhecimento. Por isso que devem ser considerados como estratégias de prevenção primária (para quem não tem doenças) ou secundária (para quem já apresenta algum problema de saúde), em mulheres pós-menopáusicas. A mensagem para você mulher que não curte ficar tomando remédios é exercite-se. Vai dar um certo trabalho e cansaço, mas é um ótimo jeito de economizar seu dinheiro e ao mesmo tempo manter sua saúde.
(Kemmler et al Long-term effects of exercise in postmenopausal women: 16-year results of the Erlangen Fitness and Osteoporosis Prevention Study (EFOPS). Menopause. 2017;24(1):45-51).
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