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Blog do Dr. Alexandre Faisal

Veja as novas recomendações americanas sobre terapia de reposição hormonal

Alexandre Faisal

18/07/2017 21h18

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Os sintomas vasomotores moderados a graves (SVM) afetam alta porcentagem de mulheres peri e pós-menopáusicas. O SVM pode persistir por muitos anos, afetando negativamente a qualidade de vida. A síndrome genito-urinária da menopausa (SGU) também é altamente prevalente e pode tornar-se mais incômoda à medida que as mulheres envelhecem. Usando abordagem baseada em evidências, um painel consultivo de mais de 20 especialistas atualizou as diretrizes de terapia hormonal (TH) da Sociedade Norte Americana de Menopausa. Vamos às principais conclusões e recomendações. Quanto aos sintomas vasomotores reconhece-se que a TH sistêmica é o tratamento mais eficaz para o SVM. E que a relação benefício-risco mais favorável é observada para mulheres com idade inferior a 60 anos ou dentro de 10 anos do início da menopausa. Se estas mulheres não têm mais o útero, melhor ainda. E neste caso elas são elegíveis para monoterapia com estrogênio. Já para as mulheres com 60 anos ou mais ou mais de 10 anos desde o início da menopausa, a relação benefício-risco da TH é menos favorável devido ao maior risco absoluto de doença cardíaca coronária, acidente vascular cerebral, tromboembolismo venoso e demência.

As diretrizes sugerem a discussão com cada mulher do tipo, dose e duração da reposição hormonal. Uma particularidade, no caso das mulheres com menopausa precoce (em geral abaixo dos 40 anos), recomenda-se repor os hormônios até os 52 anos de idade, que é a idade média para a ocorrência da menopausa. Se a queixa for apenas de sintomas urogenitais, ressecamento e dor no ato sexual, a prescrição é por reposição hormonal por via vaginal e não por via sistêmica. Isso ainda se lubrificantes ou hidratantes não derem conta do recado. Finalmente, uma orientação adicional para mulheres com osteoporose com menos de 60 anos de idade e/ou menopausa recente: terapia de reposição hormonal deve ser encarada como prioridade, sem obviamente desconsiderar outras opções de tratamento.

Ficou fácil não é?. Ainda bem já que em meio ao turbilhão de mudanças físicas e psicológicas do climatério e menopausa, a mulher tem ainda que lidar, muitas vezes, com a desinformação na hora de escolher seu tratamento. Agora, pelo menos, mulheres menopausadas não precisam mais esquentar a cabeça com isso.

(The 2017 hormone therapy position statement of The North American Menopause Society. Menopause 24(7):728-7, 2017)

Sobre o Autor

Alexandre Faisal é ginecologista-obstetra, pós-doutor pela USP e pesquisador científico do Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP. Formado em Psicossomática, pelo Instituto Sedes Sapientiae, publicou o livro "Ginecologia Psicossomática" e é co-autor do livro "Segredos de Mulher: diálogos entre um ginecologista e um psicanalista”. Atualmente é colunista da Rádio USP (FM 93.7) e da Rádio Bandeirantes (FM 90.9). Já realizou diversas palestras médicas no país e no exterior. Apresenta palestras culturais e sobre saúde em empresas e eventos.

Sobre o Blog

Acompanhe os boletins do "Saúde feminina: um jeito diferente de entender a mulher" que discutem os assuntos que interessam as mulheres e seus parceiros. Uma abordagem didática e descontraída das mais recentes pesquisas nacionais e internacionais sobre temas como gravidez, métodos anticoncepcionais, sexualidade, saúde mental, menopausa, adolescência, atividades físicas, dieta, relacionamento conjugal, etc. Aproveite.

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