Você topa um bate pronto sobre o COVID 19?
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O número de informações sobre a nova pandemia do COVID19 é impressionante. Não me lembro de evento histórico das últimas décadas que tenha recebido tamanha atenção da mídia e população em geral. O problema, comum nos dias atuais, é a desinformação que frequentemente acompanha este excesso de dados. Os motivos variam: ignorância, má intenção, erro de interpretação, etc, etc. Que tal um bate pronto sobre o COVID 19?
- É uma "gripezinha" ?
Não. Não é e, ainda que, a magnitude do dano possa variar entre países (se pudermos confiar nos registros epidemiológicos), ela é grande. Torçamos para que a publicação do Imperial College de Londres esteja errada, mas o número de mortos no Brasil pode realmente superar a casa do 200 mil (num cenário intermediário).
- Cloroquina será a solução?
Talvez. Pode ser que isso mude com o resultado das pesquisas nacionais e internacionais que devem estar prontas em 3 ou 4 semanas, mostrando a eficácia da droga. No momento, o uso é experimental e há grande chance de atribuirmos ao remédio um benefício que é decorrente da evolução natural do COVID 19. Vale lembrar que mais de 80% das pessoas infectadas não terão sintomas e vão se imunizar sem qualquer tratamento.
- E outros tratamentos?
Talvez. Novas terapias (Ivermectina, Remdesivir, Ritonavir, Lopinavir) estão sendo testadas em ensaios clínicos randomizados, o padrão ouro para adoção de novos tratamentos. A opinião de especialistas e o histórico de uso das drogas, em outras infecções (HIV, por exemplo), podem ser um (bom) indicativo de sucesso do tratamento (aqui já vai um pouco de fé e otimismo), mas não substituem os ensaios terapêuticos. O mesmo se aplica aos estudos de laboratório: no mundo real, com gente de carne e osso, a coisa pode ser completamente diferente.
- Devo ficar em casa?
Sim. Claramente o distanciamento social ajuda a enfrentar a epidemia, principalmente dando tempo para o sistema de saúde se organizar para atender os casos graves e para os cientistas caminharem com as respostas das perguntas 2 e 3.
- Em casa até quando?
Ainda não sabemos. Esta resposta é complexa e depende da evolução do número de casos, da testagem em massa (algo que nós brasileiros, infelizmente, não teremos), da capacidade de enfrentamento da epidemia pela rede privada e pública, etc. Por isso é melhor esperar pelas próximas evidências científicas ficando em casa.
- Mas a depressão econômica resultante do isolamento social não vai custar vidas no futuro?
Sim. Diversos estudos mostram que a crise econômica se associa (causalmente) com perda de vidas humanas. No entanto, a equação não é simples já que ninguém aceita fazer um balanço do tipo: vamos voltar ao trabalho mesmo que signifique contabilizar mortes agora para evitar de contabilizar mortes depois. Esta opção é pouco fundamentada numa lógica matemática (mas convenhamos tem um que de ignorância).
- Devo usar a máscara ao ter qualquer contato com terceiros?
Sim. E talvez este seja um dos maiores erros da Organização Mundial de Saúde (OMS) desde o início da pandemia. Uma atenuante é que na ocasião o uso indiscriminado de máscaras pela população poderia limitar a disponibilidade de máscaras para as equipes médicas. Mas isso mudou e estudos importantes (como do periódico Nature, por exemplo) mostram claramente que a máscara protege quem usa e o contato (melhor se ele também usar a máscara).
- Devo manter a calma e equilíbrio?
Sim. Com certeza. A situação é difícil, mas será superada. Ate lá, a própria OMS e muitas outras entidades e especialistas tem recomendado uma série de medidas para manutenção do bem estar mental. Vale apena adotá-las.
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