Vasectomia não aumenta risco de câncer de próstata
A vasectomia é método de contracepção muito efetivo ainda que muitos homens temam seus efeitos negativos. Um estudo canadense avalia a relação entre vasectomia e câncer de próstata
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No mundo, 33 milhões de mulheres contam com a vasectomia dos seus parceiros como método contraceptivo. O método é importantíssimo em alguns locais e países em desenvolvimento, onde as opções são mais limitadas. No entanto, além de questões relacionadas à sexualidade, existe grande preocupação dos homens quanto ao risco de câncer de próstata após a realização da vasectomia. No passado pesquisas sugeriam que isso era possível. Bem vem aí uma ótima notícia para homens que fizeram ou pensar fazer este procedimento. Um grande estudo de base populacional em Ontário, Canadá mostrou que este risco não existe. Os pesquisadores da Universidade de Toronto compararam dados de 320 mil homens com idades entre 20 e 65 anos que foram submetidos à vasectomia no período de 1994 a 2012 com número igual de homens, com características semelhantes, sem vasectomia. Os participantes foram seguidos por 10 anos na média e o aparecimento de câncer de próstata foi avaliado por meio dos registros de um grande banco de dados de câncer de Ontário.
No estudo foram observados 3462 casos novos de câncer de próstata. A boa notícia é que o surgimento de novos casos deste tipo de câncer foi semelhante nos 2 grupos: vasectomizados ou não. Também não foram encontradas diferenças quanto à gravidade da doença, o chamado estadiamento, e à mortalidade associada ao câncer de próstata. O resultado da pesquisa tranquiliza os profissionais de saúde, homens e suas parceiras quanto à segurança da vasectomia, um método que é mais simples, mais barato e comenos complicações do que o seu similar feminino: a laqueadura ou ligadura tubária.
Para de dar um exemplo, a mortalidade associada à a laqueadura das trompas é cerca de 12 vezes mais freqüente na comparação com a vasectomia. Se parte da resistência a este tipo de método contraceptivo decorria das dúvidas quanto à segurança, o estudo canadense, o maior dentre as pesquisas afins, até o presente momento, tem tudo para reverter esta situação. E tranquilizar e encorajar maridos que são, também, bons companheiros. Mas, convenhamos, reverter não é exatamente uma boa palavra para quem está criando coragem para fazer uma vasectomia.
(Nayan et al. Vasectomy and risk of prostate cancer: population based matched cohort study. BMJ 2016;355:i5546)
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