Sífilis cresceu principalmente entre jovens brasileiros nos últimos anos
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Embora a decepção da população com nossos congressistas seja evidente, nem sempre as novas leis são decepcionantes. Um exemplo, é a lei no 13.430, de março de 2017, que instituiu o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, a ser comemorado no terceiro sábado do mês de outubro de cada ano. Neste ano de 2017 é hoje, dia 21/10. A proposta que conta com apoio da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis (SBDST), e enfatiza o alarmante aumento da doença por toda a população brasileira. A sífilis adquirida vem crescendo em todas as faixas etárias no Brasil. De 2010 a 2015, os casos notificados subiram de 1.249 para 65.878, ou seja, 52 vezes. Os maiores aumentos ocorreram majoritariamente entre os jovens de 13 a 29 anos.
A sífilis é uma doença infecciosa transmitida pela bactéria Treponema pallidum, principalmente por meio do sexo desprotegido. Ela se inicia com feridas nos genitais (externo e interno) e outras áreas do corpo como boca e ânus, que podem desaparecer espontaneamente, dando a falsa impressão de que a doença foi curada. A lesão inicial, conhecido como cancro duro, é, geralmente, única, indolor, limpa, de bordas duras e acompanhada de íngua na virilha. Na fase secundária podem surgir lesões na pele em diversas regiões tais como o tronco, nas palmas das mãos e plantas dos pés. Na ausência de tratamento a doença entre num período de latência e pode reaparecer no futuro, num intervalo de tempo que pode durar décadas, causando graves complicações cardiovasculares e neurológicas, entre outras.
A sífilis, em alguns contextos sociais, pode afetar principalmente as mulheres, que tem dificuldade de negociar o uso de preservativos com seus parceiros. Isso a coloca em situações de risco. Um risco que não poupa o período gestacional. No mundo, cerca de 2 milhões de gestantes são infectadas pela sífilis a cada ano . No Brasil em 2015, 33.365 gestantes apresentaram a doença. Os casos de sífilis congênita, transmitidas de mãe para filho, chegaram a mais de 19 mil, sendo que muitas gestações resultaram em abortos, natimorto e óbitos após o nascimento. Aproximadamente 50% das gestantes não tratadas ou inadequadamente tratadas podem transmitir a doença ao concepto, levando a resultados adversos como morte fetal, morte neonatal, prematuridade, baixo peso ao nascer ou infecção congênita. A doença está no foco da OMS (Organização Mundial de Saúde) que planeja baixar ao máximo o número de novos casos, incluindo as gestantes, principalmente em países de baixa renda. Para isso existe teste de triagem sorológica, por meio de exame de sangue, que é simples, de baixo custo e permite resultados rápidos.
A partir do diagnóstico a terapia com uso de antibióticos tem grande chance de eliminar o problema. E aí temos mais uma boa notícia: o rastreamento da sífilis na gestação, que é um importante indicador de qualidade do atendimento de saúde e no pré-natal, é alto no país. No Brasil, a cobertura de testagem para sífilis durante a assistência pré-natal é de quase 90%. Mas, é claro, que existe espaço, para melhorias nos indicadores de rastreamento e tratamento. Para isso é preciso conscientizar a população da gravidade da doença e da eficácia do tratamento. Quem quiser saber mais sobre sífilis no Brasil pode acessar http://indicadoressifilis.aids.gov.br.
Como se vê informação é fundamental
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