Apenas 2% das mulheres preferem ginecologista do sexo maculino
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Mulheres se questionam frequentemente sobre suas preferências quanto ao gênero do seu ginecologista, se mulher ou homem. Pode parecer questão banal, mas a resposta tem grande importância para as próprias pacientes que querem ter seu desejo atendido e para os estudantes de medicina que estão pensando em se especializar na área. Um mercado tão hostil ao profissional do sexo masculino poderia desencorajar os estudantes de medicina a prosseguir na busca pela especialidade. Uma revisão sistemática de 23 estudos de diferentes países do mundo mostra que ao escolher um médico obstetra/ginecologista 8,3% das pacientes preferiam um médico do sexo masculino, 50,2% relataram preferência por uma médica, e 41,3% indicaram que não havia nenhum tipo de preferência de gênero.
Será que os resultados são similares no Brasil?. Os dados de estudo com 435 mulheres atendidas em ambulatório de ginecologia de hospital universitário de Brasília mostram cenário um pouco diferente. Apenas 2,1% preferiam um médico enquanto 17,0% preferiam uma médica. Mais de 80% não indicaram preferência de gênero. A situação muda levemente quando se trata de mulheres mais jovens (baixo dos 34 anos) ou mais velhas (acima dos 55 anos): eles preferem mais as médicas ginecologistas. A explicação possível para estas preferências pode estar no preconceito ou estereótipo negativo que muitas mulheres têm dos médicos ginecologistas. Elas podem considerar os médicos como incapazes de entender completamente os problemas femininos. Por sua vez as médicas seriam mais receptivas, simpáticas e solidárias porque compartilham as mesmas condições de saúde.
A hipótese é aceitável, mas, convenhamos, suspeita. Existem diversas maneiras de atuação médica que extrapolam os limites do gênero do profissional. Reclamações mulheres de suas ginecologistas não são incomuns. Neste caso, também não se pode excluir o risco de preconceito das próprias pacientes. O fato é que uma boa relação médico-paciente não é definida ou garantida a priori, mas sim construída com a participação dos envolvidos, médicos (ou médicas) e paciente.
(Wanderley & Sobral. Preferência de gênero de ginecologistas-obstetras entre pacientes de ambulatório de ginecologia e escolha da especialidade por estudantes. Rev Bras Ginecol Obstet 2017;39:645–646.)
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