Uso estendido de pílulas anticoncepcionais reduz risco de gravidez
Diferentes modalidade de uso de pílulas anticoncepcionais estão disponíveis para as mulheres. Um estudo americano avalia se o risco de gravidez não é afetado pelo uso prolongado de contraceptivos orais
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As mulheres que usam pílulas contraceptivas, às vezes, se espantam com a variedade de formulações e regimes de uso destes hormônios. As antigas e únicas formulações com 21 dias de uso e 7 de descanso vem sendo substituídas por regimes variados: 24 e 4, 28 contínuo e até 84 por 7. Isso mesmo 84 dias de uso, seguido por 7 dias de pausa ou come medicação placebo. Neste período a mulher sangra. Um grande benefício, para algumas mulheres, que preferem não menstruar ou se sentem mal quando isso ocorre. Mas será que esta mudança de regime funciona?. Ou em outros termos, o risco de gravidez indesejada não aumentará?. Um estudo americano têm a resposta.
Os pesquisadores comparam as taxas de gravidez anuais em 3 diferentes tipos de uso pílulas anticoncepcionais: 21/7, 24/4 e 84/7. Mais de 100 mil mulheres com idades entre 15 e 40 anos foram avaliadas entre os anos de 2006 e 2011. Ao final do estudo uma surpresa: as taxas de gravidez de um ano foram significativamente menores com o esquema prolongado de uso na comparação aos outros 2 esquemas. No esquema 84 dias de uso e 7 dias de pausa foi registrada uma taxa anual de gestação de 4,4% contra uma taxa de mais ou menos 7,0%, nos demais tipos de uso. Para os autores, o uso prolongado de pílulas é mais efetivo na supressão da atividade ovariana e diminui o risco de escape ovular.
O estudo tem uma limitação importante já que analisa, retrospectivamente, os dados, e não sabe informar se de fato as participantes usaram corretamente as pílulas, tanto num regime quanto no outro. Mas se os resultados forem confirmados por novas pesquisas, é uma ótima notícia. Não apenas para as mulheres, que não querem ou não gostam de menstruar, mas para todas que não querem mesmo engravidar.
(Howard et al. Comparison of pregnancy rates in users of extended and cyclic combined oral contraceptive (COC) regimens in the United States: a brief report. Contraception 89 (2014) 25–27)
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