Funcionamento cerebral das mulheres com sintomas pré-menstruais é diferente
O transtorno disfórico pré-menstrual, a forma mais grave, da síndrome pré-menstrual afeta até 5 % das mulheres. Um estudo americano avalia o controle emocional e explica se existem diferenças no funcionamento cerebral destas mulheres.
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Transtorno disfórico pré-menstrual, uma variante grave da síndrome pré-menstrual, afeta 2 a 5% das mulheres em idade reprodutiva, produzindo prejuízos na qualidade de vida comparáveis àqueles observados nas depressões mais graves. Os critérios diagnósticos deste transtorno incluem o humor deprimido, sentimentos de desesperança, ou pensamentos auto-depreciativos, acentuada ansiedade, tensão, sentimentos de estar no limite além de labilidade afetiva, raiva ou irritabilidade e diminuição do interesse em atividades usuais tais como no trabalho, escola, amigos e passatempos. Sensação de perder o controle e impulsividade entram na lista também. Daí que é muito importante caracterizar os déficits do funcionamento sócio-emocional das mulheres que sofrem de Transtorno disfórico pré-menstrual.
Um estudo realizado na Universidade da Califórnia procurou avaliar possíveis diferenças dos padrões de controle emocional em 2 grupos de mulheres: com e sem o Transtorno disfórico pré-menstrual. Todas tinham idades entre 18 e 44 anos e responderam a diferentes questionários sobre estresse, controle emocional, conexão social e registros de humor ao longo do ciclo menstrual. Dosagens hormonais e imagens cerebrais por meio de ressonância magnética foram obtidas nos 2 grupos. Os resultados mais interessantes confirmam que mulheres com formas mais graves da tensão pré-menstrual enfrentam dificuldades para regular suas emoções, são impulsivas, tem problemas de relacionamento social e estresse auto-referido. Parte da explicação pode estar no funcionamento cerebral já que as imagens obtidas nas ressonâncias magnéticas sugerem atividade diferenciada nos 2 grupos.
Os autores deixem os leitores em suspense quando a estes resultados que abrem a porta para futuras intervenções de estimulação cerebral. Por enquanto eles se limitam a propor estratégias de enfrentamento para melhorar o controle emocional das mulheres com TDPM e ajudar a aliviar angústia causada por esta doença. Por enquanto nada de engenhocas estimulando áreas cerebrais, mas sim terapia cognitiva e terapias mente-corpo para reequilibrar estas mulheres. Para as mulheres que já sofrem muito no período pré-menstrual e ficam loucas só de pensar em psicoterapia, resta esperar pelos próximos resultados e quem sabe por um aparelhinho milagroso que estimula o cérebro
(Petersen et al. Emotion regulation in women with premenstrual dysphoric disorder. AWMH 2016)
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