Mãe que aleita reduz em 30% o risco de Síndrome Metabólica
Diversos benefícios do aleitamento materno são conhecidos. Um estudo coreano avalia se maior tempo de aleitamento reduz risco de doenças metabólicas da mãe.
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A síndrome metabólica (SM) é caracterizada pela presença de diferentes fatores de risco para doença cardiovascular, incluindo obesidade abdominal, hipertensão, resistência à insulina, glicemia de jejum, diminuição do colesterol de alta densidade (HDL-C) e triglicerídeos elevados. A prevalência da SM entre os adultos americanos é de 31%,em homens, e, 27%, em mulheres. E isso é fonte de grande preocupação já que a SM se associa doenças cardiovasculares, cerebrovasculares, renais, diabetes tipo 2 e aumento da mortalidade por todas as causas. Será que o aleitamento é uma fator de proteção para o surgimento da SM ou de alguns dos seus componentes?. Um estudo realizado por pesquisadores de Seul, Coréia procuraram estimar a relação entre da duração da amamentação com a SM (e seus componentes), em mulheres com idades entre 19 a 50 anos. Foram analisados dados de 4724 participantes de inquérito nacional sobre Saúde e Nutrição.
Os pesquisadores usaram questionário para avaliar diversas questões de saúde, comportamentais e sócio-demográficas, enquanto medidas antropométricas e exames laboratoriais foram colhidos no domicílio da participante. As mulheres foram divididas em quatro grupos de acordo com a duração da amamentação, auto-referida: < 6, 6-11, 12-23, ou > 24 meses. Os resultados mais importantes mostram as mulheres que amamentaram por 12 a 23 meses apresentaram redução de 27% no risco de SM na comparação com mulheres que amamentaram menos de 6 meses. O resultado foi igualmente promissor no caso de aleitamento superior a 24 meses: uma redução de 30% na SM, além de benefícios para glicemia e nível dos triglicérides. De fato, em todos os cenários, o aleitamento superior a 6 meses, mesmo para aquelas mulheres que conseguiram no máximo 1 ano de aleitamento foi sempre benéfico para a saúde da mulher. A explicação para esta feliz associação entre maior tempo de aleitamento e risco metabólico não é totalmente clara. As hipóteses incluem o próprio comportamento saudável da mulher e padrão de funcionamento hormonal. Neste caso, por exemplo, imagina-se que as mulheres que aleitam mais tempo apresentem tenham menor ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, que está implicado nos níveis de cortisol e da glicemia.
Independentemente do mecanismo, a implicação mais imediata do estudo é que amamentar faz bem. E nós não estamos falando mais do bebê, algo veiculado em todas as revistas femininas, programas de televisão e guias das maternidades. E que todo mundo incluindo as mães já sabe. Aqui nós estamos falando do benefício para a saúde futura das mamães. É mais um bom motivo para as mulheres amamentarem.
(Choi et al. Association Between Duration of Breast Feeding and Metabolic Syndrome: The Korean National Health and Nutrition Examination Surveys. Journal Women's Health 2017)
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