Pessoas com deficiência tem pouco acesso aos serviços de reabilitação
O Dia Internacional do Deficiente Físico é celebrado em 3 de dezembro. Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1992, este dia tem como objetivo a sensibilização da comunidade para os desafios enfrentados por pessoas com deficiência física. Estima-se que mais de um bilhão de pessoas em todo mundo tenha algum tipo de deficiência ou incapacidade, correspondendo a cerca de 15% da população mundial . Ainda segundo a OMS, pelo menos 10% das crianças no mundo nascem ou adquirem algum tipo de deficiência física, mental ou sensorial com repercussão negativa no desenvolvimento. O tema ganha relevância já que o conceito de deficiência vem evoluindo com o passar dos anos. A visão atual privilegia as potencialidades da pessoa e as condições adequadas socioambientais para que a pessoas possa desenvolver suas aptidões. Além disso, espera-se que as pessoas com limitações de qualquer ordem possam receber tratamentos e reabilitação.
Pesquisadores de diferentes universidades brasileiras procuraram estimar a prevalência auto-referida das deficiências intelectual, física, auditiva e visual, levando em conta variáveis sociodemográficas, grau de limitação e frequência de uso de serviço de reabilitação. Eles usaram dados provenientes da Pesquisa Nacional de Saúde, inquérito populacional de 2013. Quanto aos resultados, a prevalência de deficiência auto-referida no país foi de 6,2% o que significa cerca de 12,4 milhões de pessoas. A prevalência de deficiência física foi de 1,3%, maior em homens, em indivíduos com 60 anos ou mais, na região Nordeste. A deficiência visual foi mais prevalente (3,6%) e aumentou com a idade, assim como deficiência auditiva. A má notícia é que o uso de serviços de reabilitação foi pouco frequente, oscilando de 4.8% para visual, 8.4% para auditiva e 30.4% intelectual 30.4%.
A conclusão é que há necessidade de ampliar o acesso às ações de promoção, diagnóstico e tratamento precoce das deficiências. Políticas públicas são fundamentais para corrigir antigas preconceitos e desigualdades no atendimento dos indivíduos que apresentam deficiências
(Malta et al. Prevalência auto-referida de deficiência no Brasil, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Ciência & Saúde Coletiva, 21(10):3253-3264, 2016)
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