12% dos canadenses consideram uma "open relationship" como relação ideal
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Relacionamentos abertos são aqueles em que os indivíduos concordam em participar de interações sexuais e/ou emocionais e românticas com mais de um parceiro. O conceito abrange formas diferentes de relação que não se restringem ao par amoroso, mas podem incluir três, quatro ou mais situações de parceria sexual. Mas relacionamento aberto é com certeza diferente de traição na relação monogâmica. No caso da traição há dor e muita turbulência. No caso do relacionamento aberto é tudo transparente e consensual. Estimar quantas pessoas se engajam neste tipo de relacionamento não é fácil, principalmente pelo processo de amostragem. Por exemplo, amostras não representativas da população distorcem as estimativas de relacionamento aberto. Um estudo canadense realizado pelas Universidades British Columbia e Ryerson em 2017 avaliou uma amostra nacionalmente representativa de 2.003 adultos canadenses, todos com mais de 18 anos. Pouco mais de 50% eram mulheres e estavam casados ou em união consensual. Um questionário online foi usado para avaliar diversas questões relativas ao tipo de relacionamento amoroso/sexual. No geral, 2,4% de todos os participantes e 4,0% dos que estão atualmente em um relacionamento firme, relataram também estar em um relacionamento aberto. Parece pouco, mas outro dado chama atenção: 20% dos participantes relataram envolvimento anterior com relacionamento aberto. E mais curioso ainda: 12% relataram que "an open relationship" seria a tipo ideal de relacionamento. Isso era mais evidente para os homens na comparação com as mulheres. E também os mais jovens eram mais propensos a se envolver e preferir relacionamentos abertos.
Uma surpresa entre os dados: o grau de satisfação com a presente relação não diferiu significativamente entre os relacionamentos monogâmicos e aqueles definidos como abertos. Mas a maior chance da pessoa estar feliz com a relação que tinha foi observada quando havia correspondência entre o tipo de relacionamento real, o que de fato ele vivia, e o tipo de relacionamento preferido. Alguém pode afirmar "elementar meu caro Watson".
Resumo da história: uma pequena parcela da população, em geral mais jovens, está envolvida neste tipo menos usual de relacionamento que precisa ser melhor estudado. Aparentemente, não há evidência s de que indivíduos em relações abertas sejam menos saudáveis emocionalmente ou se sintam menos seguros na comparação com indivíduos monogâmicos, mas novos estudos, quantitativos e qualitativos, podem mudar esta história e deixar o cenário muito mais turbulento.
(Nichole Fairbrother, Trevor A. Hart & Malcolm Fairbrother (2019): Open Relationship Prevalence, Characteristics, and Correlates in a Nationally Representative Sample of Canadian Adults, The Journal of Sex Research, DOI: 10.1080/00224499.2019.1580667
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