Engordar demais na gravidez aumenta em 64% risco de obesidade na meia idade
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A obesidade afeta mais de um em cada três adultos nos Estados Unidos, sendo mais frequente entre as mulheres na meia-idade. Os impactos negativos da obesidade sobre a saúde em geral, incluindo diabetes tipo 2 e doença cardíaca coronária fatal são bem conhecidos. A prevenção da obesidade é difícil por fatores sociais, comportamentais e biológicos. Assim a identificação de fatores de risco modificáveis é importantíssima do ponto de vista da saúde pública. Uma janela de oportunidade para a prevenção da obesidade antes da meia-idade é durante a gravidez já que o ganho excessivo de peso gestacional (GEPG) é comum se associa à obesidade no longo prazo. Isso é mais evidente nos primeiros 5 anos após o parto, mas se estende por mais de 15 anos. Apesar destas evidências, pouco se sabe sobre eventual efeito cumulativo do ganho excessivo de peso gestacional após várias gestações. Pois bem, um estudo liderado por pesquisadores americanos da School of Public Health, University of Pittsburgh, com participação de outras universidades americanas, usou dados da coorte SWAN (Study of Women's Health Across the Nation) para avaliar esta relação.
As participantes entrevistadas no período de 2011 a 2013 haviam dado à luz previamente a um bebê vivo e não prematuro. O efeito do GEPG após cada gestação sobre o índice de massa corporal (IMC) na meia-idade (entre 42 a 53 anos) foi analisado levando em conta a participação de outros fatores tais como atividade física e características sociodemográficas. As 1181 mulheres incluídas nesta análise relataram um total de 2693 nascimentos. No geral, 466 (39,5%) foram classificados como tendo pelo menos uma gravidez GEPG. Entre as mulheres com 1 a 3 nascimentos, o IMC médio ajustado para aquelas com 0, 1, 2 e 3 gestações com GEPG foi 25,4 (24,9 a 25,9), 26,8 (26,1 a 27,5), 27,5 (26,6 a 28,4) e 28,8 (27,3 a 30,5), respectivamente. Cada gravidez adicional com GEPG foi associada a um IMC maior entre as mulheres com idades entre 42 e 53 anos.
No geral, quase 40% das mulheres relataram um ganho de peso gestacional superior ao recomendado em pelo menos uma gravidez. Quase metade (47,6%) das mulheres com GEPG em pelo menos uma gravidez apresentou obesidade na meia-idade, em comparação com 22,9% das que nunca experimentaram GEPG. Cada gravidez GEPG foi associada a um aumento de 64% na probabilidade de obesidade na meia-idade independentemente de raça/etnia, número de gestações e nível de atividade física. As conclusões deste estudo (retrospectivo) multiétnico de mulheres com histórico de nascidos a termo, o número de gestações GEPG foi associado ao aumento do IMC materno na meia-idade. O estudo mostra que a prevenção do ganhar uns quilinhos a mais em qualquer gestação pode ter um impacto na saúde materna a longo prazo. Pior ainda se ganhar outros quilinhos a mais toda vez que engravidar.
(Hutchins et al. The Effect of Gestational Weight Gain Across Reproductive History on Maternal Body Mass Index in Midlife: The Study of Women's Health Across the Nation. JOURNAL OF WOMEN'S HEALTH . 2020. DOI: 10.1089/jwh.2019.7839)
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