Estudo compara eficácia de 14 tipos de dieta para perda de peso
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A prevalência mundial de obesidade quase triplicou entre 1975 e 2018. A epidemia de obesidade atinge também o Brasil. Neste período, diversas políticas públicas de saúde passaram a recomendar programas para controle do peso e, consequentemente, redução do risco cardiovascular. Programas dietéticos, focando ora na redução de carboidratos ora na redução de gordura são amplamente mencionados pela mídia, gerando mais discussão do que certezas. Enquanto isso milhões de pessoas estão tentando perder peso mudando sua dieta. E querem saber qual é a melhor dieta: Atkins, Mediterrânea, Ornish, Weight Watchers, South Beach, etc.
Para responder esta questão, uma equipe de pesquisadores liderados pela "School of Public Health", da Lanzhou University, na China, mas contando também com cientistas dos Estados Unidos, Canadá e de outros países, comparou 14 tipos de dietas para ver qual é a mais eficaz na perda de peso e melhora do risco cardiovascular. Os pesquisadores realizaram uma meta-análise de 121 ensaios clínicos randomizados, incluindo 21.942 adultos com sobrepeso ou obesidade (idade média: 49 anos). Os 14 tipos de dietas foram comparados com as dietas usuais dos participantes que fizeram parte do grupo controle. Foram analisados fatores como perda de peso, nível de lipoproteína de baixa densidade (LDL), nível de lipoproteína de alta densidade (HDL), pressão arterial sistólica, pressão diastólica e proteína C-reativa. No geral as dietas com pouco carboidrato (por exemplo, Atkins, Zone), com pouca gordura (por exemplo, Ornish) e macronutrientes moderados (por exemplo, DASH, Mediterrâneo) tiveram, em comparação com a dieta habitual, evidências convincentes de modestas reduções no peso e potencialmente importante na pressão arterial sistólica e diastólica aos seis meses. Mas as coisas ficam bem mais complicadas aos 12 meses. Nesta avaliação aquilo que foi perdido, parece ter sido reencontrado. Por exemplo, a redução do peso aos 12 meses diminuiu. Em relação à perda de peso, os pacientes de todas as dietas recuperaram 1,5 kg em média por 12 meses, em comparação com o acompanhamento de 6 meses. A exceção foi a dieta paleolítica, na qual os pacientes continuaram a perder peso, com uma perda média de 6,9. A dieta mediterrânea se manteve eficaz na redução do LDL. Finalmente, aos 12 meses, as melhorias nos fatores de risco cardiovascular desapareceram amplamente.
Os autores concluem que as diferenças entre as dietas são no geral pequenas ou quase insignificantes. Parece decepcionante, mas pode te ajudar a seguir a dieta que você preferir, levando em conta que, só com ela, vai ser duro emagrecer.
(Get e al. Comparison of dietary macronutrient patterns of 14 popular named dietary programmes for weight and cardiovascular risk factor reduction in adults: systematic review and network meta-analysis of randomised trials. BMJ 2020. http://dx.doi.org/10.1136/bmj.m696)
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