Licença paternidade: conheça o ranking dos países apoiadores
Na sua opinião, quanto tempo deveria durar a licença paternidade? Clique para votar
Recentemente, a P&G, renomada empresa multinacional, com filial no Brasil, e dona de marcas como Pantene, Gilette e Pampers anunciou que adotará a licença paternidade de 8 semanas, globalmente. A medida vale para todos os tipos de pais: biológicos, adotivos, casais homo ou heterossexuais. O modo de uso deste benefício pode ser definido pelo próprio pai: continuadamente ou em intervalos até os 18 meses de vida da criança. Diversos estudos mostram o efeito positivo da participação paterna nos cuidados do recém-nascido/criança tanto para a relação pai-filho/filha quanto para a relação do casal. Os primeiros meses de vida (para não dizer o primeiro ano de vida), são particularmente trabalhosos para a mulher, com carga intensa de cuidados, diuturnos, muitas vezes, dificultados pela falta de experiência no trato com o bebê. Algumas mulheres podem eventualmente contar com suporte das próprias mães ou de parentes, mas outras contam apenas consigo próprias. Neste caso, o papel do marido/companheiro é fundamental. Ele pode assumir algumas das tarefas de cuidados aliviando a sobrecarga materna. O papai pode trocar faldas, ninar o bebê, preparar a mamadeira, acordar á noite ou simplesmente lavar a louça e limpar a casa. No final das contas teremos uma mamãe mais descansada e disposta para cuidar da prole ou de si própria.
Estudos mostram claramente que o suporte social, e em particular, do parceiro é um importante fator protetor de depressão pós-parto, um problema que afeta 13% das puérperas. Parabéns para a empresa que está na direção de muitas políticas públicas de saúde em diversos países. Pena que não em todos. Um relatório de 2019 da Unicef, que analisou licenças paternidade em 41 dos países mais ricos do mundo, descobriu que apenas 26 ofereciam licença paternidade remunerada, enquanto 40 tinham licença remunerada para as novas mamães. No geral, licença paternidade remunerada (um período de ausência oferecido a novos pais) é geralmente mais curta do que a licença-maternidade, mas, por outro lado, costuma ser mais bem paga. Algo que é, de fato, complicado de se entender e aceitar. Mas este cenário está mudando e há cada vez mais reconhecimento da importância da licença paternidade. Por exemplo, o número de países com cláusulas legais de licença paternidade, globalmente, aumentou de 40 para 94, entre 1994 e 2015, segundo a Organização Internacional do Trabalho.
E que tal conhecer a lista dos países mais generosos com os papais?. De acordo com o relatório do Unicef, no topo desta lista de países amigáveis, que pagam licenças paternidade estão o Japão, a Coréia do Sul, Espanha e Suécia. E dá para imaginar quem está lá embaixo?. Os Estados Unidos, único país analisado, entre os países mais desenvolvidos, que não oferece nenhum tipo de licença remunerada para os papais. Mas, como diz um ditado popular, nada é tão ruim que não possa piorar. Os Estados Unidos também não oferecem licença-maternidade. Incrível. Inglaterra e Austrália limitam em 14 dias a licença paternidade. No Brasil, a Constituição Federal prevê licença de cinco dias, período que se inicia no primeiro dia útil após o nascimento da criança. No entanto, se a empresa estiver cadastrada no programa Empresa Cidadã, o prazo será estendido para 20 dias. Como se vê, se fosse um campeonato de futebol, nós brasileiros seríamos rebaixados.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.